Hoje vamos falar sobre o Transtorno Específico da Aprendizagem (TEAp), uma condição que afeta diretamente o processo de aprendizado de crianças e adultos, mas que pode ser superada com o apoio certo!
O que é o TEAp?
Segundo o DMS-5, está relacionado a dificuldade de aprendizagem ou de outras habilidades que podem ser desenvolvidas no meio acadêmico.
Características:
- Podem ser identificadas dificuldades de aprendizagem e limitação no desenvolvimento de habilidades acadêmicas.
- Essas dificuldades de aprendizagem apresentam-se no anos escolares, porém, podem não se manifestar completamente até que exigidas pelas habilidades acadêmicas.
- As habilidades acadêmicas comprometidas estão abaixo do esperado para sua idade, afetando seu desempenho cotidiano e profissional.
- Essas dificuldades de aprendizagem não podem ser explicadas por outros comprometimentos como, dificuldade intelectual, acuidade visual, entre outros.
Sua etiologia ainda é discutível, levanta-se a possibilidade de sua causa estar relacionada a origem genética, porém, mesmo com maior tendência hereditária, podem ser levantados outros fatores que possam interferir no desenvolvimento e desempenho dessas habilidades, como os fatores ambientais, sendo eles a ocorrência durante o parto ou disfunções neurológicas.
Dificuldade de Aprendizagem ou Transtorno Específico da Aprendizagem?
O desempenho escolar depende e se correlaciona com diferentes questões, como aspectos emocionais, físicos, e também de relações. Quando são observadas dificuldades ambientais, escolares, atividades da vida diária, que não dependem de questões neurobiológicas pode-se considerar a falta de estímulos adequados. Porém se esses estímulos adequados existem e o indivíduo não aprende, faz-se necessário a investigação de possíveis Transtornos de Aprendizagem que são causados pela hereditariedade, alterações neurobiológicas e disfunções neuronais.
Habilidades acadêmicas alteradas:
Dislexia: Perturbação na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas, bem como na transformação de signos escritos em signos verbais. Outro fator pode ser a dificuldade para compreender a leitura, após lesão do sistema nervoso central, apresentada por pessoa que anteriormente sabia ler.
Disortografia: Afeta a ortografia, gramática, pontuação e clareza da expressão escrita.
Alguns exemplos são:
- Escrever palavras com letras amontoadas.
- Escrever frases desorganizadas.
- Ter pouca ou nenhuma pontuação.
- Cometer erros ortográficos e gramaticais.
- Trocar letras que se parecem.
- Confundir sílabas.
- Esquecer letras em palavras.
- Ter dificuldade em ler um texto.
Discalculia: Afeta o desenvolvimento de habilidades matemáticas.
Algumas características são:
- Dificuldade em compreender conceitos de quantidade, valor e operações matemáticas.
- Dificuldade em memorizar fatos aritméticos.
- Dificuldade em raciocinar matematicamente.
- Dificuldade em compreender frações e porcentagens.
- Dificuldade em interpretar enunciados matemáticos.
- Dificuldade em ler e memorizar números.
- Dificuldade em contar objetos e organizá-los por tamanho.
Prevalência : A ocorrência do transtorno específico da aprendizagem varia entre adultos e crianças , mas permanece entre 4 a 15%, estando prevalentemente presente entre crianças em idade escolar. O prejuízo pode ser observado nos domínios acadêmicos da leitura, escrita e matemática.
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Referências:
- AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – APA. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM–5 TR.
- https://www.institutoabcd.org.br/